domingo, 15 de junho de 2014

O Corpo Foucaultiano

No texto anterior desse blog, de Tamiris Vaz, toda a noção de Rizoma das obras citadas caminha pra um estudo corpo: o mundo sem corpo de Matrix, a existência extra corpórea de Her, o corpo tecnológico de Neuromancer. Se cada um carrega sua peculiaridade, todos nos levam a uma dúvida: que corpo é esse da Era virtual? como o conhecimento e a cientificidade o transpassam? McLuhan apostou todas suas fichas em um corpo que agrega a tecnologia e a torna extensão dele. Santaella fala da Pós Humanidade. Para pensarmos o corpo da Era Virtual, esse corpo tecnológico etéreo, sugiro um mergulho Foucaultiano. Disponibilizo aqui o link para o texto de Foucault "O Corpo utópico" de 1966. Uma breve saída do nosso estudo objetivo, que pode nos levar ao entendimento de onde a virtualidade rizomática pode levar a ideia de corpo, e consequentemente nos levar.

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/38572-o-corpo-utopico-texto-inedito-de-michel-foucault

por Bruna Ribeiro

4 comentários:

  1. Que ótima relação, Bruna! E que interessante esse texto de Foucault, vou lê-lo com mais calma. Pressinto a possibilidade de uma escrita conjunta muito interessante sobre esse assunto.

    ResponderExcluir
  2. Nossas utopias nascem do corpo e se projetam sobre ele, modificando-o. Para isso, há duas ferramentas centrais: a tecnociência e o imaginário. São intervenções e mudanças na perspectiva física imagética (maquiagem,tatuagens, próteses cada vez mais integradas e imperceptíveis), mas também esforços sobre suas funções, limites e potencialidades (por exemplo, a tentativa de deter o envelhecimento, presente nos contos de fadas e narrativas de ficção científica e também em incansáveis pesquisas da indústria coméstica).

    Penso, entretanto, que a maior das influências está, ainda, no imaginário. O ser "biocibernético" a que se refere Lucia Santaella é sim uma hibridização entre o "orgânico-biológico emaquínico-cibernético" (2003, p. 42), mas também produto do"crescimento dos signos na biosfera como fruto da externalização da capacidade simbólica humana" (p. 48).

    Referência: SANTAELLA, Lucia. Linguagens líquidas na era da mobilidade.

    ResponderExcluir
  3. Adorei sua relação Bruna. Agradeço pela contribuição do Foucault, farei uma leitura com mais calma :)

    ResponderExcluir
  4. Bruna e Fran, realmente a utopia de dominarmos o espaço/tempo tornando-nos onipotentes, onipresentes e oniscientes deflagra a nossa constante tentativa de sermos além do que somos e saber além do que precisamos e, estar além de onde nos encontramos físicamente. Foucault discute a nossa busca pelo biopoder.

    ResponderExcluir