quarta-feira, 18 de junho de 2014

E onde está a Rizoma?

Ao longo da semana, uma das palavras mais lidas aqui no blog foi rizoma. Conforme já foi dito aqui, a rizoma nada mais é do que as passagens subterrâneas do pensamento, sendo usado como forma de testar a inteligência e encontrar começos. Mas, que começos são estes? Onde está essa rizoma? Testar a inteligência? 

Pode parecer estranho, mas todos nós já tivemos algum contato ou experiência com rizoma. Ela está mais perto do que tudo. Quer ver só? No livro "Você é o que você compartilha", Gil Giardelli traz vários exemplos de novos começos e possibilidades nesse mundo cada vez mais cibercultural.


Receber um abaixo-assinado virtual,quem nunca? A avaaz.org recebe milhares de assinaturas no mundo todo para as mais diversas causas. Só no Brasil, já foram feitas coletas de assinaturas contra a permanência de Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Cãmara dos Deputados, rodeios,testes em animais,entre outros.Experimente hoje fazer o mesmo só com papel,caneta e um sorrisinho. Vai encarar? Muito mais que coletar assinaturas, esta ferramenta amplia a participação das pessoas, já que é possível compartilhar e convidar os amigos e demais contatos a fazer o mesmo: assinar sem sair de casa. 


Brasília é longe e acompanhar o que os políticos fazem e decidem no Congresso é algo cada vez mais importante.Afinal, #OgiganteAcordou certo? Então, faça seu cadastro no Votenaweb e saiba os projetos de lei que são apresentados pelos deputados e senadores. O Votenaweb permite que o usuário comente sobre o projeto,acompanhar o status (aprovado,em votação...) e saber o que os demais usuários pensam a respeito. Vale a pena conferir.

Com tanta coisa na web facilitando a vida dos cidadãos, como ficam as obras literárias clássicas? Vão pra web também! Foi com esse intuito que a plataforma Mil Casmurros foi criada. Mais de mil pessoas se cadastraram para contar a história de Dom Casmurro, um clássico de Machado de Assis.

Estes são alguns exemplos de como este conceito de rizoma está presente em nosso cotidiano. E você,lembra de mais algum?

por Ana Luiza de Oliveira

Articulando obstáculos e inventários – A relação entre corpo e consciência



   O título desse post aqui pretende mostrar o ponto que mais me chamou a atenção na apreciação de alguns itens do inventário. Cada obra, à sua maneira, aborda a relação entre corpo e consciência, mesmo que este não seja o tema principal. Trabalhar com esse ponto nos permite ainda discutir e fazer uma espécie de síntese com os conceitos dados como obstáculos. No entanto, a colaboração dos colegas será fundamental para comentarmos outras abordagens e “alargarmos” nosso entendimento e definições. Esse post é apenas um ponto de partida.
    Em Neuromancer, de William Gibson, somos apresentados a Case, um cowboy do ciberespaço. O autor define esse local como uma espécie de alucinação consensual. Isso é interessante, pois faz a ligação direta do conceito com a nossa mente. A profissão de Case é viajar pela matriz (assim estava na tradução que tive acesso, que não é muito boa), invadir sistemas e roubar dados. A consciência é que viaja pela rede, como se fosse independente da matéria. O próprio herói de Gibson afirma que “o corpo é uma prisão”. A adrenalina desses mergulhos no ciberespaço é o grande vício do nosso cowboy. À carne, resta o desprezo.    Como lembra o sociólogo Laymert Garcia dos Santos, a informação é a terceira dimensão da matéria, junto com a massa e energia. O futuro do corpo, então, é ser um mero repositório, como um HD, de dados e informações da consciência? 
   A matriz de Neuromancer, imaginada ainda nos anos 80, é o que podemos chamar de rede. O autor a define como uma “brilhante esteira de lógica desdobrando-se pelo vazio sem cor”. Nesse lugar, a mente viaja sem limites. Ora, se entendemos o rizoma como método de produção de conhecimento onde se pode fugir, esconder, sabotar, confundir, cortar caminho, concluímos que já não mais estamos falando de estruturas fechadas e totalizantes. As redes que montamos na internet, ou o nosso ciberespaço, se parecem muito com o modo como é abordado o rizoma.
   Recorro agora ao romance a “Invenção de Morel”, para voltarmos ao problema do título. O que chama a atenção era a presença da questão, já em 1940. Para o narrador-personagem da obra, “perdemos a imortalidade porque a resistência à morte não evoluiu; seus aperfeiçoamentos insistem na ideia primitiva, rudimentar, de manter vivo todo o corpo. Só se deveria procurar conservar o que interessa para a consciência”. Essa ideia vai balizar toda a trajetória da personagem e sua decisão surpreendente de “matar” a carne para viver como imagem e ideia, para ficar na eternidade com uma amada improvável (aqui escolhi não dar mais spoilers para não estragar a surpresa do romance). 
  Obviamente, a capacidade real de dissociar corpo e consciência por meio do ciberespaço ainda é ficção para nós. Mas é impressionante a capacidade de antecipação dos artistas quanto às questões da ciência e do conhecimento. A meu ver, a liberdade formal de criação é o ponto essencial aqui, pois confere a arte a autonomia de tematizar a cultura. A expressão do subjetivo tem um compromisso diferente com o conhecimento científico, nosso ponto de discussão, pois a arte não tem função, um ponto de chegada e de partida. Ela se refere s domínio técnico e conteúdo, e por isso pode levar os temas da nossa vida e cultura à tensão dos limites.
  Encerro essa minijornada de indagações com o filme “Ela”, de Spike Jonze, onde somos apresentados a um romance nada convencional. Theodore, o personagem principal, se apaixona por um sistema operacional de última geração dotado de sentimento e senso de humor humanos (ou seriam sobre-humanos?). O que mais puxou minha reflexão sobre o filme foi pensar: com quem Theodore está realmente falando? O que implica se relacionar com um outro sem corpo, que é só “consciência”? No final, o que definirá nossa humanidade?


Paro por aqui, já me alonguei demais. Vamos à discussão!!!

por Victor Hugo C. Caldas

Entendendo o gênero ficção

  Para entender um pouco como é a relação da ficção com o conhecimento científico, acho necessário compreender antes o que é a ficção.
  Como um gênero, literário e cinematográfico, a ficção é em si uma narrativa baseada no imaginário, podendo refletir ou se basear em fatos reais, mas havendo sempre uma mistura do real com o imaginário.
   A ficção que lida com o impacto da ciência sobre a sociedade ou os indivíduos é denominada de ficção científica. Existem alguns elementos que são comuns deste gênero, os quais gostaria de apontar. A ficção científica procura trabalhar em cima de como a tecnologia e o conhecimento científico podem afetar ou influenciar a vida em sociedade e o comportamento do homem. Os autores procuram guiar as histórias através de elementos que se apoiariam em possibilidades reais, explorando esse conhecimento de forma que crie possibilidades e cenários ainda não alcançados pela ciência. Segundo a enciclopédia escolar Britannica “em geral, a ficção científica procura divertir. Contudo, muitas histórias desse tipo de história imaginam também como as pessoas poderiam agir e se relacionar entre si. Dessa maneira, a ficção científica pode ajudar a revelar coisas importantes sobre a natureza humana e a sociedade”.  
     Assaf (2014), diz que “como toda produção cultural humana, a ficção científica carrega em si uma boa dose de influência da realidade que cerca o autor, suas perspectivas de humanidade, suas ideias sobre o mundo e sobre a sociedade”. Marcos Lobato, citado por Asaff, acredita que “na ficção científica, o futuro é metáfora do presente. A obra de ficção científica, ao projetar futuros, problematiza o presente e lança luz sobre o passado."
   Com tantos argumentos, não há como negar a existência dessa relação entre ficção e conhecimento científico na literatura e no cinema. Um dos autores de ficção reconhecidos como mestre do gênero é Isaac Asimov. Ele foi considerado, ainda em vida, um dos "Três Grandes" escritores de ficção científica, além dele estão os autores Robert A. Heinlein e Arthur C. Clarke. Uma de suas obras é I, Robot (1950), uma coletânea de contos que aborda a evolução dos robôs. Outros exemplos, são os filmes Matrix, Johnny Mnemonic, e o mais recente Her, que ganhou o Oscar de melhor roteiro em 2013.


Referências

ASSAF, Igor. Ficção científica e especulações sobre o mundo. Disponível em: http://lounge.obviousmag.org/sociocratico/2014/01/ficcao-cientifica-e-especulacoes-sobre-o-mundo.html. Acesso em: 18 de junho de 2014.

Ficção científica. In: Britannica Escola Online. Enciclopédia Escolar Britannica, 2014. Web, 2014. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/article/482467/ficcao-cientifica>. Acesso em: 18 de junho de 2014.

Ficção científica. In: Wikipédia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficção_científica>. Acesso em: 18 de junho de 2014.

Ficção. In: Wikipédia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficção>. Acesso em: 18 de junho de 2014.


por Thamara Lima

Mundo Virtual: reflexão


Um executivo entrou num restaurante carregando um computador de mão, escolheu uma mesa bem afastada, para almoçar, e ao mesmo tempo, adiantar alguns trabalhos pendentes. Estava louco para entrar de férias, pois sua vida era muito corrida. Fez seu pedido, um filé de salmão caprichado. Enquanto abria seu computador, ouviu uma voz: Era um menino, que pediu:

- Tio, dá um trocado?

Atento ao computador, disse que não tinha. Mas o menino insistiu:

- Só uma moedinha, tio, para comprar um pão.

Sem tirar os olhos da tela do computador, e tentando se livrar da criança, o homem falou que 
compraria o pão. O menino ainda pediu:

- Tio, pede para colocar manteiga e queijo também?

Ao perceber que não se livraria tão rápido assim da criança, falou:

- Tá bom, mas depois me deixe trabalhar, pois estou muito ocupado.

Sua comida chegou, mas ele ficou constrangido, pois o garçom perguntou se queria que tirasse o menino dali.

O homem respondeu:

- Não, ele fica. Traga um sanduíche de queijo com manteiga, e uma refeição decente para ele.
Nesse momento, o menino se sentou e perguntou o que o homem estava

Fazendo. Ele respondeu:

- Estou lendo uns e-mails.

O menino não entendeu e o homem tentou explicar:

- Emails são mensagens mandadas por pessoas via Internet. É como se fosse uma carta, só que via Internet, dentro do computador.

Querendo entender o menino perguntou:

- O que é Internet, tio?

E o homem explicou:

- É um local no computador onde podemos ver e ouvir muitas coisas, notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar, aprender. Tem tudo no mundo virtual.

O menino quis saber mais:

- E o que é virtual, tio?

Tentando se livrar de tantas perguntas, começou a explicar ao menino:

- Virtual é um local onde imaginamos algo que não podemos pegar, tocar. É lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de fazer. Criamos nossas fantasias, transformamos o mundo em como queríamos que fosse.

O menino, atento, respondeu:

- Entendi tio, eu também vivo neste mundo virtual.

O homem perguntou se ele tinha computador e o menino respondeu:

- Não, mas meu mundo também é virtual: Minha mãe sai de madrugada e só chega em casa muito tarde, quase não vejo ela. Eu fico com meu irmão pequeno que chora de fome, e eu dou água para ele pensar que é sopa. Minha irmã mais velha sai todo dia, diz que vai vender o corpo, mas eu não entendo, pois ela sempre volta com o corpo. Meu pai tá preso há muito tempo. E eu fico imaginando, minha família junta em casa, com muita comida, muitos brinquedos de Natal, e eu, indo para a escola, para virar médico um dia. Isto não é virtual, tio?

Naquela hora, o homem, emocionado, evitando chorar, fechou seu computador. Enquanto esperava o menino terminar sua refeição, pensava no que aquela criança o fez lembrar: da prática da solidariedade. Algo que ele já tinha se esquecido. Pagou a conta, deu o troco para o menino. Antes de ir embora, o menino, satisfeito, agradeceu com um sorriso puro, verdadeiro, e falou:

- Obrigado, tio! Você é legal!

LIÇÃO DE VIDA: Muitas pessoas vivem num mundo só delas, cheio de egoismo se esquecendo que no mundo real existem pessoas precisando da sua ajuda.


Fonte: http://www.showdoclovismonteiro.com/mundovirtual.htm


Deixo este texto para refletirmos sobre nossa condição humana, imersa no ciberespaço, compenetrada e repleta de desigualdades sociais e falta de atenção ao "mundo real" enquanto vivenciamos nossa realidade paralela no mundo virtual.


Rizoma: o que é?


O rizoma é a forma que a comunicação escrita mais é utilizada no virtual através dos hipertextos.
No mundo contemporâneo nos deparamos com o excesso de informações e a urgência de seleção dessas informações. A estrutura de uma narrativa hipertextual vem permitir melhor desempenho nesta seleção de informações.
O Hipertexto possui uma interfase explorativa  O hipertexto permite ao leitor decidir o rumo a seguir na sua viagem pela leitura, tornando o tempo e o espaço, em relação à construção textual, flexível.
Enfim, as partes de um hipertexto fazem sentido, mesmo sendo deslocadas do seu eixo central ou enredo. Ele possibilita a livre escolha, por onde começar e em que ordem seguir.
O hipertexto permite ao leitor decidir o rumo a seguir na sua viagem pela leitura, tornando o tempo e o espaço, em relação à construção textual, flexível.”

Referência


Infoescola. Disponível em: http://www.infoescola.com/informatica/hipertexto/. Acessado em: 18 de jun de 2014

por Sheila

Charge



terça-feira, 17 de junho de 2014

JOSEPH VOGL


Joseph Vogl fala sobre o rizoma no programa Prime Time, interagindo com Alexander Kluge entrevistador/apresentador.

A parte que mais me chamou atenção neste vídeo foi sobre o " entwendung - significa furto sem aquisição. O furto convencional é um ato de aquisição. Isto torna-se minha propriedade e aumenta meu capital. Desapropriação é diferente consiste numa extração temporária de um contexto, de um milieu, e numa inserção num outro a proposito de testar; assim ele ganhará nova capacidade criativa....transferir conceitos de um domínio para o outro e ver o que este conceito pode mobilizar num meio estrangeiro assim funciona 
o pensamento por desapropriação. E por tomar um principio dentro de sua própria dinâmica, ou seja, o principio de transgressão experimental."

Este conceito me chamou a atenção porque faz referência ao processo colaborativo e a fala de Lemos sobre Cibercultura quando este fala sobre os princípios da cibercultura especialmente o 2 ( a conexão generalizada e aberta onde podemos nos juntar em grupos e trabalhar coletivamente e em rede.) e o 3 (reconfiguração)  a sociedade terá que passar a rever conceitos de propriedade. Na rede, as editoras, produtoras e gravadoras estão sofrendo com a chamada  pirataria que semeia na rede o conteúdo que acaba sendo editado, modificado. As empresas tentam combater estas ações e não conseguem, na realidade elas deveriam reconfigurar suas propostas de venda de conteúdo, algumas já estão realizando mudanças como a venda de música e filmes por streaming. Mas ainda há um grande caminho a ser percorrido. 

Assista o vídeo



por Cristiana Chamberlain

AVATAR

Sinopse


No futuro, os recursos para a sobrevivência na Terra diminuiram e a situação caótica ficou irreversível, e com isso os humanos criaram programas de pesquisa com a finalidade de encontrar outros planetas com recursos suficientes para a sua sobrevivência.
Com base em seus estudos, os cientistas concluíram que não há outro lugar conhecido rico em recursos quanto é o planeta Pandora. No entanto o planeta é hostíl e possui uma comunidade alienígena, os Na'vi.
O Programa Avatar foi criado com o intuito de se comunicar com os nativos de Pandora, os Na'vi. Consiste em criar corpos de Na'vis e então estes corpos são controlados externamente por "controladores". 



Ficha técnica

Título: Avatar (Original)
Ano: 2009
Direção: James Cameron
Classificação: 12 - Não recomendado para menores de 12 anos
Gênero: Ação Aventura Fantasia Ficção Científica
Países:  Estados Unidos da América
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte

Assista o Trailer:



RIZOMA


http://www.papeldeparede.etc.br

O vocábulo Rizoma tem seu significado ligado a morfologia vegetal e significa caule subterrâneo que cresce horizontalmente. por metáfora base sólida que legitima ou autoriza alguma coisa; fundamento, raiz. (HOUAISS, 2010)

Os filósofos Deleuze e Guattari se apropriam do conceito rizoma e o recriam com um novo significado passando a entendê-lo como um sistema sem pontos definidos nem estrutura fechada, mas em permanente criação, expansão e em permanente relação com múltiplas possibilidades. o rizoma cresce de acordo com as suas relações e conexõs de forma exponencial.

O Prof.  Phil Joseph Vogl,  doutor em Filosofia pelo instituto de Philosophische Fakultät II → Institut für deutsche Literatur em Berlim fala sobre o rizoma e utiliza como ilustração o labirinto.

Segundo Joseph Vogl rizoma para Deleuze e Guattari seriam as passagens subterrâneas do pensamento. sendo usado como uma forma de testar a inteligência de encontrar começos.

A alegoria do labirinto, sem fim e sem o fio de Ariadne  é como explica o professor uma ilustração do rizoma. O labirinto é uma estrutura de passagem, com características próprias, diferenciando-o da cultura ocidental de labirinto, visto que não possui inicio e nem fim, centro ou periferia e feito de atalhos e desvios, portanto um lugar de encontros imprevistos.

A cibercultura encontra-se intrinsecamente ligada ao rizoma, pois assim como ele existem inúmeras conexões e relações que se expandem de forma exponencial formando a cultura digital. Segundo Lemos a cibercultura permitiu que saíssemos de uma perspectiva que nos mantinha limitados a leitura, para a da escrita. Antes estávamos restritos a ler e a criticar o que líamos, agora podemos expressar livremente o que sentimos, buscando informações em inúmeras urls.

Lemos esclarece que a Cibercultura possui 3 princípios básicos, a  liberação da emissão, a conexão generalizada e aberta onde podemos nos juntar em grupos e trabalhar coletivamente e em rede e a reconfiguração, que vivemos atualmente, uma revolução de paradigmas e de práxis.

Ao estudar estes conceitos remeto-me ao filme Avatar, nele todas as informações e conhecimentos estão interligados e disponíveis a todos que estão abertos a reconhecer, compreender e interagir com a cultura  dos Na'Vi.




por Cristiana Chamberlain

A Invenção de Morel e as noções de cibercultura

O conto A Invenção de Morel me fez pensar sobre os equívocos que nos fazem entender a cibercultura como as experiências relacionadas diretamente ao uso de tecnologias digitais. Ao iniciar a leitura ficava me perguntando porque razões esse livro estava listado junto a um conjunto de artefatos do qual ele parecia destoar. O que um fugitivo refugiado em uma ilha quase deserta teria a ver com cibercultura e conhecimento científico?
O que faz com que essa narrativa cause esse estranhamento com relação a outras claramente voltadas à cibercultura como Matrix, Johnny Mnemonic e Her?
Pela leitura dos textos já publicados pelos colegas e pela leitura dos artigos do livro Cultura Digital.BR pude entender cibercultura como algo que vai além dos processos de digitalização da cultura, envolvendo outros modos de se relacionar socialmente no mundo (compressão do tempo e espaço, interatividade, dissolução da autoria, multiplicação da produção e disponibilização de conteúdos...). Com isso em mente passo a pensar que em A Invenção de Morel há a apresentação de uma tecnologia que ainda não foi incorporada pelo protagonista, sendo que ele passa toda a narrativa buscando compreender os mecanismos de um acontecimento estranho, formulando hipóteses a partir de suas noções culturais. Por essa razão vejo o livro como uma referência sobre a invenção de novas tecnologias e não propriamente sobre cibercultura, diferentemente das outras referências (Matrix, Johnny Mnemonic e Her) onde as tecnologias digitais fazem parte do modo de vida dos personagens, interferindo nas comunicações, nas produções culturais e no próprio entendimento de si e do mundo.
O que vocês pensam a respeito disso? Que outras relações vocês conseguiram fazer desse livro com os conceitos estudados?

por Tamiris Vaz

Neuromancer

    Neuromancer é uma literatura de ficção escrita por Willian Gibson. É uma trama que versa acerca de um hacker chamado Case. Este roubou seus patrões e por isto foi contaminado por uma toxina e conseqüentemente não podendo aceder a Matrix. Esta Matrix(ciberespaço) é o meio pelo qual se conectam para navegar e buscar conhecimento, adquirir coisas, arquitetar estratégias, etc. Case torna-se um exilado de Matrix, tentando a cura em Chiba City, uma cidade com muita diversidade de tipos humanos e pós-humanos. A trama destaca cidades reais como Istambul e Tóquio ou fictícias como Zion. Com o desenrolar da trama Case Conhece Molly Millions que se destaca pela sensualidade e pelas modificações corporais, caracterizando o hibridismo de seu corpo. Conhece também Armitage que lhe faz uma proposta que consistia em colaborar com seus planos secretos e o pagamento seria o retorno de suas atividades no ciberespaço. Case percebe posteriormente que estavam lidando com IA’s (inteligência Artificial), personalidades virtuais que comandam grandes operações. O eixo da trama transforma-se em conflito entre humano e inteligências artificiais tendo como adjacências de fundo as drogas, crimes, sexo e outras barganhas de um mundo mundano.
     Esta obra tornou-se inovadora, pois adiantou conceitos como ciberespaço e movimentou reflexões acerca do binômio, ficção e ciência, além da discussão acerca do pós-humano. Vejamos então estes eixos condutores destacados. Iniciemos pelo conceito de ciberespaço caracterizado por uma interconexão de computadores em uma região de mundos virtuais que se estabelece em rede, pois abriga um universo amplo de informações e permite o acesso facilitado em rede a estas. E a cibercultura é a cultura deste espaço de comunicação A cibercultura abriga uma inteligência coletiva, agilizando uma sociedade do conhecimento caracterizando saberes em tempo real. É um conjunto de técnicas, materiais, intelectuais, de práticas, comportamento e valores. A alimentação constante de dados por seus usuários permite a renovação constante e permanente. Este espaço está hiperconectado, na verdade são múltiplos lugares em um grande espaço que desafiam o sentido de localização, permanência e duração. São povoados por mentes acopladas a inteligências fluídas. Neste ensejo a mobilidade tanto no sentido da portabilidade quando do acesso à informação, mudam a relação entre a informação e o mundo. Este é o universo real do ciberespaço! No livro e na época em que surgiu o termo parecia distante e impossível. Gibson foi um visionário antecipando a realidade.
    Hoje o hibridismo midiático expandiu-se para se referir tanto a convergência das mídias no mundo digital quanto à mistura de linguagens na hipermídia, a junção do hipertexto com a multimídia que define esta linguagem que é própria das redes em que o texto, som, imagens, sinais e símbolos convivem em uma mesma dinâmica, complementam-se para criação de sentido. Enfim, o ciberespaço é uma “metáfora” sugestiva para abrigar um universo vivo em constante evolução de redes e a linguagem comum a este é a hipermídia. Esta tem a definição de compor-se pelo hipertexto e a multimídia. Lembrando que o hipertexto é um texto não linear composto por fragmentos textuais conectados por meio de links. Multimídia, constituem-se da mistura de sons, ruídos, imagens fixas, animadas, e textos. Juntas a multimídia e o hipertexto transforma-se em hipermídia, campo intersemiótico próprio das redes. 
    Interessante lembrar que no livro Neuromancer, Case se sente incomodado, deprimido pela falta de acesso a Matrix (rede). Hoje também ocorre o mesmo, por trás da aparente imobilidade corporal do usuário do sistema, existem vários estímulos sensoriais que provocam imersão. Observamos um intenso agenciamento no acesso a rede, na navegação e consequentemente atividades cognitivas dinâmicas. Para Castells (2000) a sociedade das redes caracteriza-se por espaços de fluxo, compostas por digitais tecnologias e por redes físicas. Essas redes dão suportes material ao ciberespaço, este consequentemente é parte integrante de um espaço de fluxo. 
  No que tange ao pós-humano existe na obra uma vinculação homem/máquina. Nesta literatura as personagens têm alguma modificação genética, mental ou robótica. A título de exemplo Molly tem lentes que ampliam a visão e lâminas sob as unhas. A ficção demonstra um cenário de tecnologia e avanço científico bastante parecido com o que vivemos hodiernamente. A relação com as máquinas e tecnologias diversas se conforma com as próteses, avanços da nanotecnologia, entre outras. Segundo Santaella (2007) este conceito, o do pós-humano. 

(...)encontra-se no hibridismo com algo maquínico-infórmático que estende o humano para além de si. Assim, a condição pós-humana diz respeito a condição  à natureza da virtualidade, a genética, a vida, à inorgânica, aos ciborgues, a inteligência distribuída, incorporando biologia, engenharia e sistemas de informação. Por isso mesmo, os significados mais evidentes que são costumeiramente vinculados a expressão “pós-humano”, associam-se as inquietações acerca do destino biônico do campo humano.(SANTAELLA, 2007,p. 38).    
     
   Muito mais que isso, hoje vivemos em uma era de proliferação tecnológica que expandem nossa visão, audição, locomoção e sentidos. Convivemos com dispositivos comunicacionais fônicos e imagéticos, filmadoras, máquinas fotográficas, computadores etc que na visão de Santaella (2009) são como próteses que ampliam os sentidos de nossos corpo, “produzem e processam sinais que aumentam as capacidades cognitivas e de memória de nossos cérebros, intensificando e expandindo nossa capacidade de interagir”. (SANTAELLA, 2009, p. 507). Possuímos, por exemplo, satélites que localizam situações, lugares, condições em um olho externo que tudo vê. A mesma autora discute simulações por meio de dispositivos computacionais desenvolvidos pela biotecnologia, bioengenharia, bionanotecnologia entre outros.
Qualquer coisa pode ser simulada pelo computador, não somente muitas de nossas operações cerebrais, mas também nosso sistema hormonal, ruídos e as redundâncias dos fenômenos biológicos. Até mesmo informações táteis, térmicas, olfativas, sinestésicas e músculo-sensoriais podem ser simuladas. (SANTAELLA, 2009, p. 508).

    Nesta conjuntura não existe lógica cartesiana e podemos nos remeter ao rizoma. A idéia de rizoma é de Deleuze e Guateri e brotou da composição de algumas plantas das quais os brotos podem ramificar-se, assim o rizoma tanto pode funcionar como raiz, talo ou ramo, independente de sua localização na figura da planta. Penso que este conceito encaixa-se para exemplificar um sistema epistemológico que em nosso caso é a cibercultura e o ciberespaço. Este modelo epistemológico analisa a formação a organização e desenvolvimento do ciberespaço e não tem que necessariamente seguir linhas de subordinação hieráquica, qualquer componente pode sobrevir a qualquer outro.
    Para Levy (1996) o ciberespaço não se caracteriza por um espaço partindo do centro e sim por muitos caminhos, é o interativo e coletivo. Portanto, um espaço rizomático "O rizoma nele mesmo tem formas muito diversas, desde sua extensão superficial ramificada até suas concreções em bulbos e tubérculos." (DELEUZE, GUATTARI, 1995, p.15). Sendo assim o ciberespaço é um lugar de conexão, heterogeneidade, multiplicidade e de rupturas. O mesmo se aplica a ciência e ao pós-humano discutido aqui.

por Shirley Elias


Referências Bibliográficas 

DELEUZE, Gilles. GUATTARI, Félix. Mil Platôs- Capitalismo e esquizofrenia. Vol. 5. Tradução de Peter Pál Peabarb. Rio de Janeiro, Editora 34.

GIBSON, William. Neuromancer. Editora Alehp, 2008.

LEVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo, Editora 34, 1996.

SANTAELLA, Lúcia. A Semiose da Arte das mídias, Ciência e Tecnologia, in:DOMINGUES, Diana.(org.). Arte, ciência e tecnologia: passado, presente e desafios. São Paulo: Editora UNESP, 2009.

___. Linguagens líquidas na era da mobilidade. São Paulo: Paulus, 2007.  

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Relação entre ficção e conhecimento científico (Parte 2)

Seguem duas sugestões sobre o tema "Relação entre ficção e conhecimento científico". O primeiro link é um podcast que discute o filme Matrix, abordando a questão filosófica do filme, citando a relação com o livro O Neuromancer, de uma forma descontraída, fazendo com que, por mais que a discussão seja longa 87:00 minutos, não se torne entediante escutar. O segundo link é um recorte que fiz em um episódio do seriado Through the Wormhole, de aproximadamente 12 minutos. Neste recorte o seriado aborda trabalhos científicos que discutem a probabilidade de vivermos em mundo digital, muito interessante.

1º link: http://jovemnerd.com.br/nerdcast/nerdcast-156-matrix-repercutions/

Relação entre ficção e conhecimento científico

Vendo a atividade proposta me lembrei de uma matéria simples feita pela revista superinteressante em 2010, sobre invenções que aparaceram antes na ficção. Pesquisei e encontrei outras matérias que tem essa relação como tema. Apesar de simples, elas são bem interessantes para pensarmos a relação do conhecimento científico e a ficção, já que algumas dessas tecnologias estão presentes no nosso dia-a-dia e nem sabemos. Aqui abaixo segue duas das que encontrei, caso algum colega se lembre de outras tecnologias que apareceram primeiro na ficção ou de qualquer coisa relacionada, por favor compartilhe conosco.



Já que estou enviando esses links envio também um texto do escritor de ficção científica Ian Douglas, que fala sobre desafios desse tipo de escrita (inclusive contando de experiências dele no desenvolvimento de suas obras) e coloca uma luz sobre o porque de tantas tecnologias virem primeiro na ficção. Uma leitura muito interessante:

domingo, 15 de junho de 2014

O Corpo Foucaultiano

No texto anterior desse blog, de Tamiris Vaz, toda a noção de Rizoma das obras citadas caminha pra um estudo corpo: o mundo sem corpo de Matrix, a existência extra corpórea de Her, o corpo tecnológico de Neuromancer. Se cada um carrega sua peculiaridade, todos nos levam a uma dúvida: que corpo é esse da Era virtual? como o conhecimento e a cientificidade o transpassam? McLuhan apostou todas suas fichas em um corpo que agrega a tecnologia e a torna extensão dele. Santaella fala da Pós Humanidade. Para pensarmos o corpo da Era Virtual, esse corpo tecnológico etéreo, sugiro um mergulho Foucaultiano. Disponibilizo aqui o link para o texto de Foucault "O Corpo utópico" de 1966. Uma breve saída do nosso estudo objetivo, que pode nos levar ao entendimento de onde a virtualidade rizomática pode levar a ideia de corpo, e consequentemente nos levar.

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/38572-o-corpo-utopico-texto-inedito-de-michel-foucault

por Bruna Ribeiro

Uma viagem no conceito de Cibercultura

    Que cultura é essa que cada vez mais está inserida na nossa rotina de vida? Cibercultura é a cultura que surgiu, ou surge, a partir do uso da rede de computadores através da comunicação através de computadores, a indústria do entretenimento e o comércio eletrônico. É também o estudo de vários fenômenos sociais associados à internet e outras novas formas de comunicação em rede, como as comunidades on-line, jogos de multi-usuários, jogos sociais, mídias sociais, realidade aumentada, mensagens de texto, e inclui questões relacionadas à identidade, privacidade e formação de rede.
     A palavra cibercultura provém da junção das palavras cibernética e cultura. "Ciber" seria o diminutivo de cibernética, uma ciência voltada para uma tecnologia avançada. No caso, a cibercultura relaciona a tecnologia, o virtual (por exemplo a internet) e a cultura. O termo contempla todos os fenômenos relacionados ao ciberespaço, aqueles fenômenos associados às formas de comunicação mediadas por computadores. O Dicionário de Inglês Oxford lista o uso do termo "cibercultura" em 1963, quando A. M. Hilton escreveu o seguinte: "Na era da cibercultura, todos os arados puxarão a si mesmos e os frangos fritos voarão direito para nossos pratos.
    As novidades que a tecnologia trouxe para a modernidade a partir das décadas de 60 e 70, tal qual a possibilidade de remixagem de textos, utilização de técnicas literárias como o cut-up (cópia-colagem), o advento da internet entre outros, geraram diversos debates sobre questões sociais. Nesse contexto, durante a década de 80 novos termos como cibercultura, proposto por Pierre Lévy e ciberespaço, de William Gibson, surgiram.
   Para alguns teóricos, contudo, como André Lemos, professor da Universidade Federal da Bahia, a concepção de cibercultura teria origens muito mais antigas, remetendo à década de 50 com a informática e cibernética, aos anos 70 com os microcomputadores e teria apenas se consolidado nos anos 80 e 90 com surgimento da informática de massa e popularização da internet, respectivamente.
  Durante a década de 80 em suas palestras, sob acusação de ser uma mídia fria, sem emoções e comunicação real, Pierre Lévy comparava essas falas ao preconceito sofrido pelo Rock ‘n’ Roll nas décadas de 50 e 60. Contudo, para ele atualmente esse cenário já se encontraria diferente no imaginário das pessoas que hoje já tem acesso às tecnologias, diferentemente da época, acrescentando que preconceito é gerado pela ignorância.


por Valéria Novato

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cibercultura

Rizoma

A possibilidade de não mais se prender às limitações do próprio corpo é um tema que envolve utopias e distopias tanto no cinema quanto na literatura.
Em Matrix o humano se vê preso a esse mundo sem corpo, mas conserva a ilusão de preservá-lo.
Em Her nos vemos diante de uma nova forma de existência, de uma inteligência artificial que percebe o corpo como um limitador e que se envolve em uma realidade tão destoante da que estamos acostumados que já não consegue sustentar sua existência junto a esse mundo matérico controlado pelo espaço/tempo.
Em Neuromancer o corpo já não é mais apenas matérico, o ser humano perde controle sobre si mesmo, se fundindo à tecnologia.
Esses diferentes modos de integrar as relações entre espaço físico e ciberespaço podem ser pensados a partir de uma ideia de rizoma, ao passo que fala-se de realidades onde a consciência já não toma um único espaço como raiz das experiências, mas estabelece relações com diversos espaços simultaneamente, fazendo com que ambos se modifiquem. No exemplo de Her, Samantha ( a I.A.) não tem o computador e o mundo físico como ponto de partida para sua existência, mas como um ponto do rizoma dentre inúmeros outros com os quais ela se conecta, modificando-se o tempo todo.
Essa é uma situação expressa frequentemente na ficção, e que, de alguma forma, reflete um desejo do homem de criar outros modos de existência, outros campos de experimentação não limitados à fragilidade da carne.
Tendo como princípio a conjunção e...e...e..., o rizoma aponta uma desestruturação do sujeito, pois estabelece conexões que não partem de uma raiz, que não têm início nem fim, sendo composto por multiplicidades (DELEUZE, GUATTARI, 1995). Não é o sujeito que estende ramificações de seu corpo no espaço virtual, mas singularidades que se conectam e reconectam de forma não linear e não hierárquica.
Ainda que não tenhamos chegado a esse desprendimento do corpo já explorado na ficção, nossas experiências hoje, com a cibercultura, nos possibilitam relações rizomáticas de comunicação ao passo que aquilo que produzimos nos cenários virtuais se tornam parte de nosso cotidiano. Não há uma realidade física independente de uma realidade virtual, há correlações e contaminações. Nosso contato com as informações não se dá por acúmulos, mas por conexões, por uma gama de possibilidades pelas quais percorremos conforme certos interesses, através de links rizomáticos, heterogêneos e que não impõem um ponto de partida e de chegada.

por Tamiris Vaz

Referência
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Vol. 1. Rio de Janeiro : Ed. 34, 1995.

sábado, 14 de junho de 2014

Elysium - Filme


 Sinopse

Em 2159, o mundo é dividido entre dois grupos: o primeiro, riquíssimo, mora na estação espacial Elysium, enquanto o segundo, pobre, vive na Terra, repleta de pessoas e em grande decadência. Por um lado, a secretária do governo Rhodes (Jodie Foster) faz de tudo para preservar o estilo de vida luxuoso de Elysium, por outro, um pobre cidadão da Terra (Matt Damon) tenta um plano ousado para trazer de volta a igualdade entre as pessoas.





Ficha técnica
Título: Elysium (Original)
Ano: 2013
Duração:109 minutos
Direção: Neill Blomkamp
País: Estados Unidos 

Classificação: 16 - Não recomendado para menores de 16 anos
Gênero: Ação, Ficção



Assista o Trailer:

A Invenção de Morel - Filme

Sinopse

O filme é uma adaptação do clássico do argentino Adolfo Bioy Casares, e narra a trajetória de um homem que foi condenado por motivos políticos e acaba fugindo para uma ilha deserta do Pacífico. A ilha era conhecida por ser foco de uma epidemia letal, e lá encontravam-se máquinas misteriosas e um grupo de turistas que se divertiam sem ter conhecimento da presença dessas máquinas. 


Ficha Técnica
Título: L'Invenzione di Morel (Original)
Ano: 1974
Direção: 106 min
Duração: 
Emidio Greco
País: Itália
Gênero: Ficção Científica

Akira - Filme

Sinopse

A história se passa no lixão desenrola-se em Neo-Tóquio, uma cidade de Tóquio reconstruída (sobre o que é hoje a Baía de Tóquio) depois de ter sido destruída na III Guerra Mundial. Segundo vem depois a constar, a III Guerra Mundial foi (supostamente) iniciada pelo crescimento incontrolável de poderes sobrenaturais de uma criança chamada Akira, que foi registrado num programa governamental secreto de pesquisa. No tempo real do enredo, 30 anos depois da III Guerra Mundial, uma gang de motoqueiros liderados por Kaneda é envolvido numa luta com a gang rival, quando o membro mais novo do gangde Kaneda, Tetsuo, colide numa auto-estrada com uma criança misteriosa que havia escapado do programa de investigação psíquica secreta do governo. Tetsuo é depois levado pelos responsáveis deste programa governamental juntamente com a criança, e é sujeito às mais diversas experiências. O incidente com a criança misteriosa bem como os testes realizados acordaram os poderes latentes de Tetsuo, com desastrosas consequências tanto a nível pessoal, bem como conflitos interpessoais com os seus amigos, e a nível mais amplo, uma vez que Neo-Tóquio é novamente ameaçada por outro incidente.

Ficha Técnica
Título: Akira 

Ano: 1988
Duração: 124 min
Direção: Katsuhiro Otomo
País: Japão
Gênero: Cyberpunk, Ação, Ficção científica


Minority Report - Filme


Sinopse

No futuro a polícia consegue prever crimes e preveni-los antes mesmo de que aconteçam. Com tudo, o chefe do setor (Tom Cruise) cai em cilada e põe o sistema em cheque. 













Ficha Técnica:
Título: Minority Report (Original)
Ano: 2002
Duração: 145 min
Direção: Steven Spielberg
País: Estados Unidos
Classificação: 14 anos
Gênero: Ficção, Policial, Ação




Matrix - Filme

Matrix (The Matrix) - Poster / Capa / CartazSinopse

Em um futuro próximo, Thomas Anderson, interpretado por Keanu Reeves, é um jovem programador de computador que mora em um cubículo escuro, atormentado por estranhos pesadelos nos quais encontra-se conectado por cabos e contra sua vontade, em um imenso sistema de computadores do futuro.
Em todas essas ocasiões, acorda gritando no exato momento em que os eletrodos estão para penetrar em seu cérebro. À medida que o sonho se repete, Anderson começa a ter dúvidas sobre a realidade.
Por meio do encontro com os misteriosos Morpheus (Laurence Fishburne) e Trinity (Carrie-Anne Moss), Thomas descobre que é, assim como outras pessoas, vítima do Matrix, um sistema inteligente e artificial que manipula a mente das pessoas, criando a ilusão de um mundo real enquanto usa os cérebros e corpos dos indivíduos para produzir energia. Morpheus, entretanto, está convencido de que Thomas é Neo, o aguardado messias capaz de enfrentar o Matrix e conduzir as pessoas de volta à realidade e à liberdade. 

Ficha Técnica
Título: The Matrix (Original)
Ano: 1999
Duração: 136 min
Direção: Andy Wachowski e Lana Wachowski
País: Estados Unidos
Classificação: 12 - Não é recomendado para menores de 12 anos
Gênero: Ação, Aventura, Ficção

Assista o Trailer

Johnny Mnemonic - Filme


Sinopse

Em uma época futura, o mundo inteiro está conectado através da Internet e uma doença conhecida como NAS está afetando a população. Johny, interpretado pelo ator Keanu Reeves , é um mensageiro cibernético contratado para transportar dados importantes que contêm a cura para tal doença. As informações estão em um chip implantado no seu cérebro, e para transportá-las Johny teve que se desfazer da própria memória para dar espaço aos programas que contrabandeia. Para reavê-la, ele precisa entregar as informações mais importantes do século XXI. Porém, sua mente está saturada e um grupo de assassinos profissionais planejam impedi-lo. Johnny tem poucos dias para descobrir os códigos secretos para descarregar os dados e poder salvar a si e ao mundo.


Ficha Técnica
Título: Johnny Mnemonic (Original)
Ano: 1995
Direção: Robert Longo
Duração: 98 min
Pais: Estados Unidos
Gênero: Ficção, ação e suspense


Assista o Trailer




Assista o filme dublado online:http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-johnny-mnemonic-o-cyborg-do-futuro-dublado-online.html

Her - O filme


Sinopse


Situado em Los Angeles, o filme conta a história de Theodore Twombly, interpretado pelo ator  Joaquin Phoenix. Um escritor solitário, que está desolado após o fim de um longo relacionamento.
Ao comprar um novo sistema operacional para seu computador , Theodore se depara com um sistema operacional super inteligente. Ao iniciar ele tem a surpresa de conhecer Samantha, interpretada pela atriz Scarlett Johansson, uma voz brilhante, feminina, que é perspicaz, sensível e surpreendentemente engraçada. 
A partir daí, a medida que suas necessidades e desejos crescem, sua amizade se aprofunda  e se inicia uma relação amorosa entre ambos. Esta história de amor incomum explora a relação entre o homem e a tecnologia, explorando a natureza evolutiva e os riscos de intimidade no mundo moderno.



Ficha Técnica

Título: Her (Original)
Ano de produção: 2013
Direção: Spike Jonze
Duração: 126 min
Páis: Estados Unidos
Gênero: Comédia, Drama, Ficção, Romance
Classificação: 14 - Não recomendado para menores de 14 anos


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Sugestão de Filme: O 13º Andar


Sinopse


Douglas Hall e seu sócio, Hannon Fuller, dois pesquisadores da área de informática, estão prestes a colher resultados positivos em seu último projeto: desenvolver um mundo simulado utilizando realidade virtual. Porém, Fuller misteriosamente assassinado, antes de passar informações importantes sobre o projeto para Douglas, que agora o principal suspeito de ter efetuado o crime. Desorientado e em busca da verdade em torno dos acontecimentos, Douglas decide por entrar no mundo simulado para investigar a morte de Fuller. 








Ficha Técnica
Título: The Thirteenth Floor (Original)
Ano: 1999

Duração: 100 min
Direção: Josef Rusnak
País: Estados Unidos
Gênero: Ficção científica


Assista o Trailer